O Rádio III
Sabe aquela sensação de encontrar uma cédula de dinheiro perdida no bolso de uma roupa aposentada no armário? Foi mais ou menos o que senti ao reencontrar minha primeira revistinha de eletrônica, oculta inadvertidamente durante muitos anos, entre velhos livros de filosofia. Além da boa surpresa, encontrei certa lógica neste acaso. Daqui a pouco explico esse “insight”. Pois a tal revistinha fazia parte de uma coleção lançada nos anos 80 pela “Editora Saber”. Trazia o título “Experiências e Brincadeiras Com Eletrônica.”
O autor era Nilton C. Braga. Muitas vezes aproveitei o troco do pão para investir naquele conhecimento. Desfolhei a antiga revista e encontrei projetos “sensacionais” como as pilhas feitas com limão ou moedas.
Foi com aquela “latinha” que dei início aos meus ensaios de locução radiofônica. Ah, sim... Sobre o “insight”... No começo da década de 80 a eletrônica digital ainda engatinhava no Brasil. O computador estava longe de ser um eletrodoméstico. Figurava-se como algo inacessível. Uma inovação guardada a sete chaves em instituições norte-americanas como o Pentágono, a NASA e algumas universidades de ponta. A tecnologia já havia dado início a sua revolução que abalaria as bases ideológicas do mundo.
E aqui explico o meu “insight”... Aquela revistinha de eletrônica analógica primitiva, perdida entre livros platônicos e socráticos deixou seu recado. A tecnologia nos impulsiona para a compreensão do que existe de oculto no mundo das idéias soltas no ar. Aos 14 aos, de forma tosca e experimental, eu começava a descobrir este fantástico universo e como me comunicar através dele.
Esta Foi tambem minha primeira revista, tinha em torno de 10 anos na epoca que lancou-a, foi quando comprei com meu irmao.
ResponderExcluir