O dolo do vício
O consumidor de drogas ilícitas precisa tomar ciência de que financia a carnificina dos latrocínios, homicídios, feminicídios... 80% dos presos no sistema carcerário estão lá por causa do tráfico de drogas. Fato que passa à margem da consciência dos consumidores. Os cocainômanos pingam sangue pelo nariz e pelas mãos. Os maconheiros queimam erva, neurônios e o filme da coerência quando, de forma hipócrita, reclamam da violência enquanto tragam baseados. E como há autoridades, celebridades e formadores de opinião nesse grupo! Uma cultura hedonista e destrutiva tão antiga quanto a corrupção no país. Silenciar é omitir-se. E a omissão dos bons, favorece os maus. Todos os dias perdemos aliados nessa guerra contra a violência. Soldados armados com honestidade, coerência, retidão, tolerância, serenidade, persistência, prevenção, coragem e bondade. Esse campo de guerra não tem lado, pois é um círculo. O círculo social e familiar onde os cidadãos alienados precisam ser salvos e regenerados. Não exterminados e suas cinzas varridas para debaixo do tapete como muitos pregam. O conceito de "usuário de droga - problema de saúde pública" se aplica mais aos consumidores de crack que sofrem com a vulnerabilidade social e a impossibilidade de boas escolhas. Os drogados possuem livre arbítrio para largar o vício. O dolo da permanência no vício está condicionado a fatores com maior ou menor gravidade que transitam entre a ignorância, a alienação, o comodismo e a dependência química. Cada situação tem seu nível de responsabilidade social. Detalhes que a lei a das drogas não contempla e precisam ser debatidos quando se pensa em legalização ou descriminalização.
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